Corto o real com a minha tesoura,
faço incisões com a prática clínica
vista no louco que em crise estoura,
vendo a razão descorada e cínica.
Quando recorto os pedaços da vida,
mesmo que sejam os nunca ocorridos,
sempre procuro a parte sentida,
todo o momento em que estamos caídos.
Pego o pedaço, que sai saltitante,
tenso e gritando em silêncio angustiante,
quando é passada a anterior agonia.
Vejo e revejo o pedaço tirado,
pego uma cola e com todo o cuidado,
colo de um jeito chamado poesia.
terça-feira, 27 julho, 2010
Também gosto desse tipo de colagem.
faz bem pra alma, faz bem pra vida.
;)
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