Antipalavras
Poesia e microcontos

La volta*

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a vida dança com a morte
ao som do violino do tempo
uma volta sem fim que encerra
e sempre volta ao seu começo

a vida usa um vestido
passageiro cravejado de pérolas
imperfeitas como as horas

da morte escura é sua eterna veste
repleta de rasgos refeitos
com longa cauda de dúvidas

deus e o nada assistem
de braços dados à longa dança:
e preso na melodia o homem
reza pelo fim da música


* em coautoria com Kelly Sauer
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Antipalavras

Ou isso é poesia ou não é nada,
um nada absoluto que persiste
em tentar explicar tudo.

Mas um nada que não é ausência,
e sim, preenchimento ao contrário.

Assim como o mito, um nada
que é tudo, a poesia é um nada
superior ao vazio:
Antipalavra que anula a palavra comum,
resultando a realidade.

Essa é a função do poeta
equilibrar com antipalavras
um mundo construído por palavras
para que a ilusão em que todos vivem
adquira existência.

Anti-herói

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Escrevo poesias, contos e crônicas. Toco piano na banda Reino Elétron. Sou formado em Letras e faço Jornalismo na Universidade de Passo Fundo

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