Antipalavras
Poesia e microcontos

Ao soneto definitivo

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Dedico longas horas ao soneto
na espera de encontrar um bom motivo.
Rimando decassílabos, prometo:
enquanto eu sonetar, estarei vivo.

Pois sigo sonetando onde eu me meto,
buscando me tornar definitivo
nos versos ou então como esqueleto,
o mais seguro e certo humano arquivo.

Mas sei que meus sonetos imaturos
esperam a nascença dos futuros
leitores que imagino em meus delírios.

O mundo lembrará de meu legado
assim como é lembrado e relembrado
aquele que viveu igual aos lírios.
1 comentarios:

Muito bom, cara. Demodê na forma, mas surpreendente no conteúdo. É interessante ressuscitar estes esqueletos pra exercitar o verbo.
A propósito, obrigado pelos comentários e desculpe a intromissão na tua criação. Acho detestável isso, mas a intenção é ajudar cara. Não faria isso não visse qualidade naquilo que tu fazes.
Un abraccio.


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Antipalavras

Ou isso é poesia ou não é nada,
um nada absoluto que persiste
em tentar explicar tudo.

Mas um nada que não é ausência,
e sim, preenchimento ao contrário.

Assim como o mito, um nada
que é tudo, a poesia é um nada
superior ao vazio:
Antipalavra que anula a palavra comum,
resultando a realidade.

Essa é a função do poeta
equilibrar com antipalavras
um mundo construído por palavras
para que a ilusão em que todos vivem
adquira existência.

Anti-herói

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Escrevo poesias, contos e crônicas. Toco piano na banda Reino Elétron. Sou formado em Letras e faço Jornalismo na Universidade de Passo Fundo

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