Antipalavras
Poesia e microcontos

Prantos mudos

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A lágrima que cai sem ser notada
é o feto do poema nunca escrito
que escorre lentamente na calçada
não tendo mais a chance do seu grito.

O choro em todo aquele que é aflito
é a música escondida em dizer nada
que fala muito mais que aquilo dito
e sempre é na poesia mais usada.

Se todos escrevessem os seus prantos,
tornando suas lágrimas em cantos
o mundo entenderia seus poetas.

As vozes que agora são caladas
pelos passos que ecoam nas calçadas
seriam, na poesia, sempre metas.
5 comentarios:

Quando a gente chora pra dentro.


Os poemas mais tristes são sempre os mais lindos.


Nossa Bruno, eu já teria escrito tanta poesia!!!
Amei este!!!!


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Antipalavras

Ou isso é poesia ou não é nada,
um nada absoluto que persiste
em tentar explicar tudo.

Mas um nada que não é ausência,
e sim, preenchimento ao contrário.

Assim como o mito, um nada
que é tudo, a poesia é um nada
superior ao vazio:
Antipalavra que anula a palavra comum,
resultando a realidade.

Essa é a função do poeta
equilibrar com antipalavras
um mundo construído por palavras
para que a ilusão em que todos vivem
adquira existência.

Anti-herói

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Escrevo poesias, contos e crônicas. Toco piano na banda Reino Elétron. Sou formado em Letras e faço Jornalismo na Universidade de Passo Fundo

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